segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Um Japonês para cada ofício

Chegada à Universidade. De facto, a primeira coisa que tive de fazer chegando ao Japão foi desenvencilhar-me para chegar ao Campus de Chiba* por transportes públicos.**

Para ser honesta, “desenvencilhar-me” é uma palavra bem forte, graças ao meu orientador de cá, Professor Masao Ando, ilustre arquitecto japonês desconhecido – não confundir com o Tadao Ando – que aparentemente tirou o curso algures por terras inglesas, exibindo um perfeito sotaque britânico, característica única e rara por estas bandas. Graças ao Professor Ando dizia eu, porque previamente enviou-me um mail com todas as direcções e mapas possíveis... Sendo pois o primeiro exemplo de prestabilidade dos Japoneses.

De facto, mal chegámos (no plural porque sou eu e um belga) tínhamos uma trupe de estudantes à nossa espera – uns à nossa espera, outros estavam simplesmente pela faculdade e decidiram juntar-se à equipa de recepção – em que um nos levaria à residência, outro haveria de tratar dos telemóveis (mais: no mesmo dia começou a estudar o assunto para ver qual seria o tarifário que mais nos conviria), outro ficou incumbido de nos arranjar bicicletas e no dia seguinte outro ainda nos levaria até Tokyo.

E agora, para dar o toque de má-língua nacional, isto tudo passou-se na quinta-feira, entretanto foi o fim de semana ... vamos a ver como corre!

Mas estou bem confiante quanto à eficiência nipónica ... arigato gozaímas!


*Chiba é a minha terriola dos suburbios de Tóquio, conhecida pelo Chiba Urban Monorail - http://en.wikipedia.org/wiki/Chiba_Urban_Monorail - , por ser uma cidade dormitório –ver futuramente o post “commuter life”, em construção – e por receber a Tokyo Disneyland! Mais sobre Chiba ao longo dos meses !

**Futuramente escreverei bem mais sobre os transportes, mas nesta viagem o elemento mais marcante (por ser a primeira vez que o via) foi um "pica", impecavelmente fardado de chapéu (bem rígido, simetricamente colocado no cimo da cabeça) e luva branca, que em cada carruagem se apresentava (suponho eu) e nos saudava com uma perfeita, cerimoniosa e respeituosa reverência japanesa (digo cerimoniosa e respeituosa porque quanto menor o ângulo que formam e mais direitinhos o fazem, mais respeito demonstram). Algo que os funcionários barrigudos e de camisa por entalar bem poderiam aprender...

1 comentário:

Unknown disse...

Assim sendo, obriga-os a serem verticais contigo. Ooops! Min